Me *-*

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sábado, 17 de setembro de 2011

Barulho


O silêncio está gritando aqui. Pá, pá, pá… Ele bate nas paredes e ecoa por todo o quarto. As janelas tremem. Meus ouvidos doem. Pá, pá. De novo, mais uma dose de estrondos. “Parem”, grito, mas é inútil. Pá, pá, pá, pá… Continua no mesmo ritmo descontrolado.
Minha cabeça parece estourar. Sinto vontade de arrancar meus cabelos por causa da demasiada agonia.
Pá. Pá. Dois silenciosos desta vez; mais calmos. “Está passando?”. Fico mais calmo, relaxando com a ideia de acabar aquele tormento e, mais uma vez, um novo estrondo ecoa. Pá. Os móveis tremem e minha cabeça bate na porta. Dói. Dói mais que antes. Está tudo doendo.
Meu estômago revira por causa da aflição. Sinto vontade de fugir, mas para onde? Para onde eu iria, se o silêncio é que me faz ensurdecer? Quero calma. Quero paz.
“Nada substitui a experiência. Entretanto, quando você se apressa em julgar as atitudes alheias segundo seus próprios padrões, acredita estar de posse da verdade. Quanta ilusão. Como saber o que vai no intimo dos outros? Como avaliar as emoções que você nunca sentiu? Como saber o que vai além das aparências? Como descobrir os limites da sua resistência e certas tentações, se você nunca foi tentado?