Pela
noite andei perdido buscando teu sorriso nas estrelas.
Elas
brilharam para mim; no entanto, era um brilho fosco.
O
casaco protegia-me do frio, mas este não o impedia de congelar-me por dentro.
A
nicotina acalmava-me, tirando tua imagem tão nítida dos meus olhos.
Eu
te buscava, com e sem vontade de encontrar-te.
Teus
lábios me vinham à cabeça e meu corpo contorcia-se em agonia.
O
que doía era te ver, mas isto eu fazia até sem querer.
Meus
olhos fechavam, mas tu, ainda assim, permanecias em mim.
Tua
face, tão bela, continuava presente como cicatriz; uma tatuagem permanente.
Nunca
em preto e branco, eu te via contente. Cheia de cores; tão viva.
Tu
chegaste perfeita. Estavas com minha blusa predileta.
Lágrimas
minhas caíram em tuas mãos. Olhei-te fugir, pedindo perdão.
Por
um impulso, corri atrás, mas logo minha força falhou.
Deixou-me
com os braços abertos e vazios, esperando tua volta com nosso amor.
Perdoa-me,
meu bem, por querer-te em uma caixinha para fazer-te minha.
Aceito-te
longe por amar-te em demasia para obrigar-te a permanecer.
Sei
que pertences a outra pessoa. Por isso, vai-te.
Liberto-te,
porém, saiba que contigo se vai minha alma e meu coração.
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