Me *-*

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terça-feira, 26 de abril de 2011

Por mais uma noite perdida ...







Eu deveria ao menos ter respeito por mim mesmo. Deveria parar de machucar meu corpo como se ele não fosse nada. Mesmo que não pareça, significo algo. Preciso parar de agir como se nada em mim valesse alguma coisa. Valho até demais para passar por coisas assim. Devo-me respeito. Devo-me consideração. Devo-me .
Dizer que algo só irá acabar quando os bilhetes, as cartas e as fotos forem jogados fora é besteira. Isso não é necessário quando se tem na cabeça a atitude certa a ser tomada. Chega de prolongar essa dor. Chega de cultivar uma esperança ridícula de um futuro totalmente inaceitável. Chega de viver morrendo.
Parece que vivo agonizando num espaço pequeno de pensamentos sobre um sonho impossível esperando a hora que pararei de sentir dor e enfim descansarei, mas, se isto é a morte, não era para ser algo mais calmo? A morte é calma. Pelo menos é isso que dizem por aí. Por que não há calma aqui?.
Lágrimas, lágrimas, lágrimas. Pra que tantas? Deveria guardar um pouco pra depois. Mas e se não existir um depois? E o que vai vir agora? Essa incerteza do amanhã e a certeza de um agora infeliz corrói o interior e faz os pensamentos se espremerem na ideia de que nada irá mudar. A dor permanecerá intacta.
E pra que tanta dor? Se há alguém lá em cima, por que este alguém não envia algo para fazer cessar essa agonia? Pode até ser que exista um ser capaz de se acostumar a viver na aflição, mas tal feito não foi criado para mim. Ou eu acabo com a dor ou ela acaba comigo.

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