Me *-*

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sábado, 16 de julho de 2011

Controlando ;


Era um dia normal. Você passou aqui para deixar minhas roupas que estavam na sua casa há mais de dois meses e eu nunca havia pegado de volta. Esquecendo-me por alguns segundos dos efeitos que você causava em mim, convidei-lhe para ficar um pouco; para, talvez, assistirmos um filme bobo, comendo pipoca doce que você tanto adora.
Duas horas. Pipocas jogadas no chão. Créditos do filme passando na tv. Sua cabeça estava apoiada em meu ombro e aquela distância de certa forma me incomodava. O desejo, que eu pensara ter superado, fez os pêlos de meu braço se eriçarem involuntariamente. Mudei de canal e permanecemos em silêncio. Olhei para sua mão pousada em minha perna e senti uma vontade incontrolável de entrelaçar seus dedos nos meus, mas você entenderia o significado daquilo, e eu não queria que soubesse da enorme vontade lhe ter novamente.
O sol estava adormecendo e a claridade se tornava menor a cada segundo naquela sala, fazendo-me enlouquecer. “Não posso, não posso, não posso”, repetia em minha cabeça mil vezes enquanto minha mão se dirigia para perto da sua. “Não posso”, minha cabeça gritou, assim que toquei seus dedos. Você me encarou sorrindo e sem querer lhe retribuí.
Que porra. Quando vou aprender a ter autocontrole nas coisas que envolvam você ?”, pensei. Nossos lábios se tocaram. O resto aconteceu muito rápido. Foi especial como sempre. Foi único. Mágico. Mas aí você foi embora e dessa vez eu não me importei. Não que tenha sido menos perfeito – com você, sempre é o ápice –, mas me desapeguei, me soltei, me libertei.
Eu ainda quero você, ainda espero você, ainda desejo você, mas não sinto que minha alegria se vai quando você sai pela porta; ela fica junto com as ótimas lembranças que você deixou

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