Me *-*

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um centavo ...


Não sou amável, não sou confiável, não sou uma boa garantia. Se você busca diversão, me procure. Se você busca apoio, corra; vá para bem longe daqui. Não estou nem aí para o seus problemas. Estou pouco me fodendo para a sua vida.

Talvez as grandes decepções tenham me ensinado a ser assim (isso é o que os psicólogos me diziam), mas acho idiotice colocar a culpa sempre em alguma coisa. Sou assim porque sou. Simplesmente sou.

Tive, sim, grandes desilusões, mas e daí ? Isso apenas me ensinou a acreditar mais em mim, a me amar mais, a não me importar mais. Sou possessivo, ciumento, egocêntrico, mas é tudo comigo mesmo. Tenho ciúme de mim.

Meu segundo nome é egoísmo. Às vezes, até acho que é o primeiro. Não divido nada com ninguém. Sou todo meu, tudo é meu, mas nada me importa. O mundo está em minhas mãos, o mundo está fora deles. Eu não ligo.

Hipocrisia não tem nada a ver comigo. Digo e repito: não valho nada. Não tenho vergonha do que sou. Neste mundo de pessoas desprezíveis, sou meu maior amor. Vivo para me fazer feliz. Não minto para agradar, não sorrio para simpatizar.

Enquanto reconheço-me por tais características, enquanto vendo-me por nada, penso que, caso eu fosse outra pessoa, me compraria por, no mínimo, todas as pedras preciosas do mundo. Sou valioso. Sou especial. Sou melhor que todo mundo.

Então, por que dar-me de graça? Por que vender meus pensamentos por centavos desnecessários? Não disse que era egoísta? Cadê o egoísmo em dividir minhas ideias? Contradição da porra!

Mas sou. Sou egoísta, sou egocêntrico, sou ciumento, sou possessivo, sou eu. Sou uma contradição andante, adiante, vagante. E estou indo. Estou viajando neste mundo sem fim até achar um beco sem saída para todo esse amor-próprio exacerbado que me afoga, me engole, me puxa para dentro.

Não tenho vergonha. Não me escondo. Sou aberto. Sou acessível. Estou indo e voltando. Vai e vem. Vou e volto.

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